Parte 2 — O Treinamento de Denitrix
O chão frio da fortaleza queimava meus joelhos. Eu estava ofegante, ainda sentindo o gosto da primeira noite com Denitrix, mas já sabia que aquilo tinha sido apenas o prelúdio.
Ela caminhava em círculos ao meu redor, como uma fera impaciente. O som das botas ecoava pelo salão vazio, iluminado apenas por tochas e runas vermelhas que pulsavam nas paredes.
— Você acha que ontem foi sexo? — a voz dela cortou o silêncio, dura, cruel. — Não, verme. Aquilo foi só a sua iniciação. Hoje começa o verdadeiro treinamento.
Denitrix bateu a lança no chão, e correntes desceram das paredes. Sem me dar tempo de reagir, ela me empurrou contra elas e prendeu meus pulsos, deixando meu corpo exposto.
— Você não será poupado. — Ela me encarou com olhos de sangue. — Vai aprender a encontrar poder na dor.
O primeiro golpe veio rápido: um chicote de couro que estalou contra meu peito, deixando uma marca ardente. Eu gritei, mas o som foi engolido pelo salão. Ela sorriu satisfeita.
— Cada cicatriz é um tijolo. Cada gemido, um tijolo. Cada gota de suor, mais uma fundação. — Aproximou-se, roçando o chicote contra minha pele já sensível. — Eu vou erguer você como se ergue um império.
Sem aviso, Denitrix me beijou. Não um beijo de carinho, mas um assalto: língua, dentes, mordidas que me arrancaram outro gemido. E, ao mesmo tempo, sua mão desceu, encontrando meu pau já duro, latejando mesmo na dor.
— Olhe só pra você… — ela riu, me punindo com uma estocada do quadril contra o meu. — Sofre e goza ao mesmo tempo. É assim que se forja um guerreiro.
Ela me montou ali mesmo, com as correntes ainda me segurando. Seus movimentos eram selvagens, cada estocada um golpe contra minha resistência. Eu tentava acompanhá-la, mas não havia escolha: ela me dominava, ditava o ritmo, esmagava minha vontade.
— Você quer paz? — ela gritou, cavalgando mais rápido, as unhas cravadas nos meus ombros. — Paz é para os mortos. Aqui só existe caos e prazer.
O choque da corrente fria no meu corpo, a dor dos arranhões e o calor dela me consumindo eram insuportáveis e deliciosos. Eu já estava à beira do orgasmo, mas Denitrix segurou meu pescoço e ordenou:
— Não goze ainda. Não até eu dizer.
O tempo pareceu se arrastar. Cada segundo era tortura, cada estocada um abismo. Quando finalmente ela se arqueou, gozando com um grito de vitória, então sim, me liberou.
— Agora, verme… derrame sua fraqueza dentro de mim.
E eu gozei como nunca, o corpo inteiro tremendo, as correntes tilintando com minha explosão.
Quando caiu o silêncio, Denitrix soltou meus pulsos. Eu desabei no chão, ofegante, um amontoado de dor e prazer. Mas antes que fechasse os olhos, ela pisou em meu peito e disse:
— Você está começando a deixar de ser um tolo. Mas ainda não é nada. Amanhã… vamos mais fundo.
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