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Mostrando postagens de outubro, 2025

Além da Respiração

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​ ​O cheiro de sangue, pólvora e ferro retorcido era sufocante. O Trem Infinito virara um pesadelo em movimento, e a luta contra o Oni da Lua Inferior tinha atingido um ponto de caos desesperador. ​Zenitsu Agatsuma tremia. Não apenas o medo habitual que o congelava, mas um tremor de pura exaustão. Ele havia lutado, inconsciente, usando sua Respiração do Trovão – Primeira Forma: Habilidade de Concentração Total, desferindo golpes que eram meros flashes para os olhos humanos. Mas agora ele estava acordado, lúcido, e a realidade o esmagava. ​Ele agarrou a caixa de madeira nas costas, o único peso que importava. A caixa de Nezuko. ​"Nezuko-chan, precisamos sair daqui, agora!"  Sua voz era um sussurro esganiçado. ​O vagão estava parcialmente destruído. Com um último lampejo de adrenalina (não o trovão, apenas o pânico), ele a arrastou para o último vagão de carga, um canto escuro e abandonado, ligeiramente separado do inferno da batalha onde Tanjiro, Inosuke e o Hashir...

"A Piscina e a Tensão"

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            ​O sol de Los Santos castigava a mansão dos De Santa. Eram duas da tarde, mas o único som era o da água da piscina balançando e o gemido distante de Tracey, a filha, no quarto, provavelmente tentando gravar algum vídeo trash para a internet. ​Michael estava na varanda, um copo de whisky na mão, observando. Não o jardim, mas a água. Ou melhor, a mulher dentro da água. ​Era a instrutora de yoga de Amanda, a esposa. Michael mal lembrava o nome dela, mas lembrava-se perfeitamente da bunda. Fitness, uns trinta e poucos anos, usava um biquíni que parecia ter sido pintado em seu corpo, e ele tinha certeza que ela fazia isso de propósito.  Toda vez que se inclinava para fazer alguma pose "zen" na beira da piscina, a fina camada de tecido sumia no meio das nádegas. Um verdadeiro convite ao pecado. ​Michael sorriu, lembrando-se da piada suja que Lester havia contado no dia anterior: "O que o FIB e uma calcinha de stripper têm em comum? Vo...

O Silêncio do Prazer

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​O apartamento de Ishida era silencioso. Não o silêncio de anos de isolamento, mas aquele que precede um evento, como a pausa antes de um trovão, ou, neste caso, a respiração suspensa antes de um beijo.  Nishimiya estava sentada no sofá, as mãos aninhadas no colo, folheando um livro de Libras. Ishida estava na cozinha, de costas, terminando de preparar o chá. ​Ele ainda era o cara que via o chão antes de ver os olhos das pessoas, mas agora, com ela, era diferente. Ele via o chão... e o caminho até ela. ​— O que está lendo? — Ele perguntou, a voz um pouco mais grave do que o normal, cortando o silêncio. ​Nishimiya não ouviu a voz. Mas sentiu a vibração dele se aproximando. Levantou os olhos, o sorriso de sempre, aquele que derretia o gelo mais grosso, e mostrou o livro.  A página estava aberta em: “Desejo”. O sinal, com o dedo indicador deslizando do queixo para o peito, era de uma simplicidade perigosa. ​Ishida colocou as canecas de chá na mesinha.  O silêncio...

Pista de Dança

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Miguel estava encostado no balcão, a camiseta já colada no corpo pelo suor. O calor da boate era sufocante, mas ele não tirava os olhos da pista. Lá estava Luana, a morena gostosa que fazia o chão tremer com o rebolado. Ela era dona de um corpo que parecia esculpido para o pecado: peitos médios, firmes, balançando levemente sob a blusa justa, e uma bunda grande e empinada que desafiava a gravidade.   ​No som, a batida era um convite descarado. "O jeito que tu senta é gostoso demais (demais). Ô, bebê, eu quero replay..." ​Luana se virou, e o olhar dela — castanho cor de mel, malicioso e direto — cruzou o de Miguel. Ela sorriu de canto e, como se estivesse atendendo a um pedido silencioso, engatou a marcha à ré.   ​"É agora, caralho!" [Pensou Miguel, sentindo o volume na calça crescer. Era o foguete ariano dele querendo decolar, igual ao da Ariane.]   ​Luana desceu, os joelhos quase no chão, e aquele rebolado hipnótico começou. O shortinho subia m...

A Domadora & a Cadelinha

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Visão da Domme Março de 2023, aniversário de uma amiga, barzinho em São Paulo, risadas, bebida… e aí ela entrou. Valéria. Uma negra deliciosa, 1,60, cintura fina, coxas grossas, bunda empinada que parecia pedir palmadas. Vestido curto, decote fundo, pele que brilhava sob a luz fraca. Olhei e pensei: é hoje que vou colecionar mais uma cadela. Fui chegando devagar, trocando ideia, deixando minha voz arranhar no ouvido dela. — Esse vestido tá gritando que quer cair no chão. Ela riu, arrepiou os braços. Eu sabia que já estava no meu terreno. Quando confessa que é bi, eu quase rio alto. Coitada, achando que vai escolher. Não vai. Vai obedecer. A cada palavra, eu enroscava mais a coleira invisível no pescoço dela. Minhas amigas olhavam de longe, cúmplices, vendo a negra linda virar cadela aos poucos. Convidei: “vamos pro meu apê”. Ela aceitou sem pensar. Cadelinha não nega guia. --- Visão de Valéria Eu não sabia o que tava acontecendo. Só sabia que cada vez que ela chegava perto,...

Confissões de Duas Piratas

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Visão de Anne Bonny O mar tem cheiro de pólvora e gozo. A cada saque, eu sinto que vivo duas vezes: uma quando arranco o ouro dos cofres, outra quando monto alguém na cama do capitão. Me disfarço de homem quando preciso, mas quem me conhece sabe: nenhuma saia já molhou tanto de sangue e de esperma quanto a minha. Calico Jack acha que comanda o navio, mas eu e Mary sabemos quem realmente dita o rumo. Ontem mesmo, depois de um saque gordo contra mercadores espanhóis, levei um deles para o porão. Jovem, arrogante, ainda gritando por Deus. Eu ri e calei a boca dele com a minha boceta. Ele chorava, mas gozava. Eu cavalguei nele até os barris tremerem, e quando a última gota de prazer escorreu, cravei minha adaga na garganta dele. Ouro numa mão, sangue na outra, prazer no meio das pernas. Isso é ser pirata. --- Visão de Mary Read Anne é fogo. Eu sou tempestade. Enquanto ela brinca com vítimas, eu faço da tripulação meu harem. Quem sobrevive ao saque sabe que a noite comigo não é ...

Bota pra Foder no Convés

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O cais cheirava a sal, rum barato e pólvora. A lua desenhava um caminho prateado sobre as ondas e a Sirene rangia discretamente na maré, como se quisesse tossir segredos. Sarah Fortune — Miss Fortune — desceu a prancha com a confiança de quem já fez o inferno e voltou pra contar; as pistolas no coldre brilhavam sob a luz da lamparina, testemunhas frias de todo o sangue que já tingira suas mãos. A tripulação fez um silêncio respeitoso quando a capitã caminhou pelo convés: as bocas cerradas, os olhares cobertos pela sombra dos chapéus. Eles sabiam que ali não havia piedade, só prazer e justiça do jeito dela — e que a recompensa pelo erro era sempre uma bala ou um tapa na cara. Mas entre os homens havia um que tinha passado de companheiro de armas para algo que ardia mais fundo. Rook — ossudo, com os olhos do mar e mãos que conheciam cada cordame — ficou parado, mastigando um pedaço de casca de charuto, língua de testa, córnea brilhando. Desde o ataque no Cais Branco, desde o ...