"A Piscina e a Tensão"


           

​O sol de Los Santos castigava a mansão dos De Santa. Eram duas da tarde, mas o único som era o da água da piscina balançando e o gemido distante de Tracey, a filha, no quarto, provavelmente tentando gravar algum vídeo trash para a internet.

​Michael estava na varanda, um copo de whisky na mão, observando. Não o jardim, mas a água. Ou melhor, a mulher dentro da água.

​Era a instrutora de yoga de Amanda, a esposa. Michael mal lembrava o nome dela, mas lembrava-se perfeitamente da bunda. Fitness, uns trinta e poucos anos, usava um biquíni que parecia ter sido pintado em seu corpo, e ele tinha certeza que ela fazia isso de propósito. 

Toda vez que se inclinava para fazer alguma pose "zen" na beira da piscina, a fina camada de tecido sumia no meio das nádegas. Um verdadeiro convite ao pecado.

​Michael sorriu, lembrando-se da piada suja que Lester havia contado no dia anterior: "O que o FIB e uma calcinha de stripper têm em comum? Você tenta se esconder neles, mas a 'trolha' sempre encontra um caminho para sair."


​A instrutora, de repente, saiu da piscina. A pele brilhava com a água e o suor, e o biquíni molhado era quase transparente. Ela o encarou.
​"Senhor De Santa," ela disse, a voz rouca, subindo os degraus lentamente. "Sua esposa me dispensou da aula hoje. Parece que ela precisava de tempo para… relaxar com um amigo. Em algum clube no centro."

​Michael apertou o copo. Relaxar com um amigo. Ele sabia exatamente quem era esse "amigo".

​"Claro, Amanda é uma mulher que precisa de alívio. Ela se estressa facilmente com o vazio da vida suburbana," Michael rebateu, seu olhar percorrendo o corpo dela, demorando-se na curva da coxa.

​A instrutora sorriu, mordendo o lábio inferior. Ela entendia o duplo sentido.

​"Bom, eu diria que a sua vida também parece um pouco… tensa, Michael. Talvez o senhor precise de uma sessão de alongamento para aliviar a pressão. Yoga não é só para mulheres, sabe? É ótimo para a flexibilidade."

​"Flexibilidade, é?" Michael se levantou. Sentiu a ereção começar a apertar a cueca boxer. 

"Interessante. Eu ando precisando de algo que preencha o vazio."

​Ela deu um passo à frente, quase colada na mesa. Seus olhos castanhos brilhavam com malícia.

​"Acha que consegue aguentar a postura do guerreiro, Michael? É uma pose que exige muita força e resistência. Alguns homens... gozam antes de terminar."


​"Acho que podemos começar com uma posição mais… confortável," Michael sugeriu, com um sorriso de ex-golpista. "Talvez no vestiário da piscina. Ele é pequeno, mas isolado."

​"Perfeito," ela sussurrou, a mão já no seu ombro, a palma quente. "Adoro lugares apertados. Me dá a sensação de estar pressionada a fazer algo muito rápido e muito sujo."

​Chegando ao vestiário (pequeno, úmido e cheirando a cloro), ela o empurrou contra a parede e o beijou. Um beijo urgente, desesperado. Não era a Amanda. Não tinha a frustração de anos de casamento. Tinha a promessa da luxúria roubada.

​Ela rasgou a camisa de Michael com a voracidade de quem queria roubar um cofre e, enquanto a calça descia, ela começou a alisar a ereção de Michael por cima da cueca.

​"Você tem um instrumento muito poderoso, Michael. Maior do que imaginei," ela disse, a respiração ofegante.

​"É o resultado de anos de treinamento com explosivos," Michael murmurou, puxando o biquíni dela para o lado e expondo a perseguida molhada pelo cloro e pela excitação. A pele era lisa e escorregadia.

​"Eu te dou um prêmio, Michael. Você me dá um trabalho de reajuste."

​Ela o fez ajoelhar. Seu corpo atlético tremia de ansiedade. Ela não esperou. Ela era a própria pressa. Pegou o membro dele com as duas mãos e o levou à boca com a selvageria de quem está devorando o último pedaço de bolo.

​Michael gemeu, a cabeça batendo na porta de madeira. Essa era a adrenalina que faltava. Não assaltar um banco, mas ser fodido no seu próprio quintal, com a esposa e os filhos por perto, sem saber. Perigo!


​"Levanta, Michael," ela comandou, rouca.

​Ele obedeceu. Ela se virou e se inclinou sobre o balcão do vestiário, empinando a bunda firme.

​"Eu quero que você me preencha de um jeito que seu casamento nunca preencheu. Quero sentir a sua fúria por essa vida de mentira," ela disse, as palavras quase mordidas.

​Michael a agarrou pela cintura, posicionando-se. "Você vai sentir a força do meu retorno ao crime," ele grunhiu, antes de penetrá-la com uma estocada forte.

​Ela gritou (um grito abafado pela toalha que ela mesma havia enfiado na boca).

​O ritmo era selvagem. Michael socava o corpo dela contra o balcão. O barulho era abafado pelo som da água da piscina. Ela gemia, e ele sentia cada contração desesperada dela.

​"Isso é melhor que dinheiro, Michael? Hein? Me diz!" ela perguntava, a voz distorcida pelo prazer e a dor.

​"É poder! É controle!" Michael respondeu, estocando cada vez mais fundo, sentindo-se o rei da perdição no seu próprio inferno particular.

​Quando ele gozou, gritou o nome da esposa, Amanda, misturando a vingança com o prazer mais profundo da sua vida.

​Eles desabaram.

​"Próxima sessão: Postura do Cachorro?" ela brincou, ainda ofegante, arrumando o biquíni.

​Michael sorriu, a adrenalina ainda correndo nas veias. "Talvez eu deva levar você ao próximo assalto."

​Ele se vestiu. Ela o beijou na bochecha, com aquele cheiro de cloro e sexo sujo.

​"E por favor, Michael," ela disse, piscando, já indo embora. "Não deixe sua família suspeitar de nada. Não estrague o jogo."

​Michael ficou ali, sozinho, a cueca molhada e o sorriso no rosto. O jogo nunca termina.

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