🌌 Loop Temporal de Desejo: O Pecado Repetido ⏳
O ar tinha o cheiro persistente de incenso e suor. O quarto, um labirinto de sombras e seda amassada, era o palco do nosso déjà vu constante.
"Como é que tudo isto começou? Me pergunto quando tudo ficou assim...", sussurrei no escuro, traçando a curva do seu quadril com um dedo.
Você riu, um som rouco que eu conhecia tão bem. Uma risada que, em breve, se tornaria um gemido de desespero e, depois, de satisfação, antes de resetarmos tudo.
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Ponto de Vista: A Agente Temporal (Luna)
Sempre a mesma noite. Sempre a mesma cama. Eu sou a "salvadora do mundo", ou assim disseram. Mas para mim, o "mundo" se resumia a você, Eros, e a este momento que se repete.
"Vendo esses dias repetirem de novo. Vivendo preso nesse loop sem fim...", cantarolei, mordiscando a pele macia do seu ombro.
O loop foi criado para me dar a chance de te convencer a não cometer o erro fatal. O erro que destrói o futuro que eu vi. Mas... e se o meu erro for o caminho para te salvar?
"E nem sei quantas vezes tive que voltar...", admiti, a voz embargada pela urgência que só a repetição podia trazer.
Você se virou, me prendendo sob o seu corpo. Seus olhos, que pareciam conhecer os séculos de nossas repetições, brilhavam com um desafio tentador.
"Milhões de vezes o tempo repetir... Luna, você está aqui para me salvar ou para me foder até a exaustão?", a piada de duplo sentido soou como uma provocação. O "futuro sombrio" era a sua ausência.
"Desse futuro sombrio irei te salvar, meu amor..."
eu disse, descendo com a língua pelo seu abdômen definido.
"Mas você sabe... a melhor forma de voltar no tempo é fazendo-o perder a noção dele, não é?"
Minhas mãos deslizaram para o fecho das suas calças. A missão era clara: Desarmar Eros. E ele só desarmava de uma forma.
"Você disse que era para o mundo eu salvar, mas era tudo farsa... Até tudo se quebrar sobre mim..."
você gemeu quando o toque se aprofundou.
"Você usa o loop para ter mais uma chance de me fazer gozar!"
"Talvez o mundo só valha a pena ser salvo se você estiver cheio de prazer, não acha?"
respondi, a voz já ofegante, sentindo a ereção dura sob meus dedos.
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Ponto de Vista: O Homem Misterioso (Eros)
Eu sei o que ela está fazendo. Eu sei que ela vai resetar. Sinto o gosto do metal temporal no ar. Ela pensa que é a única com acesso à máquina do tempo. Tola. Eu sou a anomalia que ela não consegue consertar. Eu sou o motivo pelo qual o loop não para.
"E como num truque de mágica, vi tudo mudar..."
pensei, enquanto ela me beijava com a intensidade de quem sabe que aquele beijo é, simultaneamente, o primeiro e o milésimo.
Eu a observei lutar com a minha calça. Seu foco, a sua determinação em me possuir antes que o tempo se curvasse novamente, era o meu maior afrodisíaco.
"Nesse eterno pesadelo sem fim..."
murmurei, o meu tom de voz sugerindo melancolia, mas a minha postura era de pura antecipação.
"Você só quer escapar..."
Luna me provoca, subindo no meu colo.
"Só se for para dentro de você, gatinha!",
respondi com um sorriso malicioso. Agarro a borda da sua saia minúscula.
"Vamos, Agente Temporal. Mostre-me o que você aprendeu em todas as suas viagens no tempo."
Ela gemeu de prazer quando meus dedos encontraram a fenda úmida sob o tecido. O calor era imediato, familiar, e a forma como ela se arqueou era uma coreografia ensaiada milhões de vezes.
"Se eu tiver que voltar... Novamente... No tempo pra salvar seu presente..."
ela ofegava, beijando meu pescoço, a sua respiração quente.
"O meu presente é você agora, Luna. E o meu passado só me interessa se você estiver por cima dele!"
eu disse, virando-a de bruços e puxando-a para a beira da cama.
Com um movimento rápido, desviei o tecido para o lado, revelando a entrada apertada e rosada. O desejo pulsava entre nós, um tic-tac erótico que antecede o flash do reset.
"No passado retornar, criando um futuro melhor..."
ela gemeu, apoiada nos cotovelos.
"Onde eu não tenha que te perder..."
Eu a penetrei de uma vez, sentindo a resistência familiar, o suspiro de dor e prazer que era a trilha sonora de todas as nossas repetições.
"Você não vai me perder, Agente. Eu sou a sua missão que nunca termina!"
"Volto quantas vezes precisar... Se isso me trouxer você..."
ela choramingou, o corpo tremendo sob o meu ritmo potente.
O som da cama batendo na parede era o nosso alarme. Eu metia sem piedade, sabendo que a dor da perda seria apagada em instantes, mas a memória do prazer estaria gravada na minha essência até o próximo loop.
"Disse que era pro mundo eu salvar... Mas era tudo farsa..."
confessei, gozando profundamente e sentindo a onda de energia me consumir.
"Eu só queria você. Sempre você!"
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Ponto de Vista: Eros
O reset foi mais forte desta vez. O quarto piscou, o cheiro de incenso se intensificou, e eu, Eros, me vi deitado novamente. O sol da meia-noite entrava pela janela. Olhei para a Agente Temporal, Luna, ao meu lado. Ela acabara de acordar.
"Como é que tudo isso começou? Me pergunto quando tudo ficou assim..."
ela sussurrou, traçando a curva do meu quadril com um dedo.
O eterno pesadelo sem fim.
"E se o meu desejo não realiza? Mesmo se eu infinitas vezes tentar... Corrompa minha alma seja o que for... Mas juro que não vou te abandonar"
pensei, com um sorriso de canto. Eu não a deixaria ir.
Eu a trouxe de volta. Eu controlo o loop.
"O que você está pensando, meu amor?"
ela perguntou, com aqueles olhos de quem ainda não tinha se lembrado dos detalhes da última repetição.
"Estou pensando em como num truque de mágica, só quero escapar... Desse eterno pesadelo sem fim..."
respondi, puxando-a para um beijo faminto.
"Mas... talvez tenhamos que tentar mais uma vez antes que o tempo comece a correr de novo."
"Mais uma vez? Qual é a missão agora, Eros?"
ela perguntou, com a mão já deslizando ousadamente sob o lençol.
"A missão, Luna,"
eu disse, com um sorriso carregado de promessas obscenas.
"é te fazer esquecer que existe um relógio. E para isso, vou precisar de todas as suas habilidades temporais."
.......
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